terça-feira, 19 de novembro de 2013

sábado, 9 de novembro de 2013

Carta Pastoral «EIS-ME AQUI. ENVIA-ME» Discípulos Missionários

Documento disponível em:

http://diocesebm.pt/wp-content/uploads/2013/08/Carta-das-Vocacoes.pdf

Notícia disponível em:

http://diocesebm.pt/carta-pastoral-sobre-ano-da-vocacao/

Plano Pastoral 2013-2014

Documento disponível em:

http://pastoralbm.com/genpdf.php

Notícia disponível em:

http://www.mdb.pt/noticia/plano-pastoral-aprovado-1283

III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos

Sínodo: Inquérito é prática habitual com «questões inéditas», diz D. Jorge Ortiga

Arcebispo de Braga comenta preparação para assembleia extraordinária de 2014, dedicada à família

 

 In Agência Ecclesia, 2013-11-07

 
 
 
Braga, 07 nov 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga disse hoje que o documento preparatório do Sínodo dos Bispos é uma prática habitual e que a sua novidade está em “algumas questões inéditas” que apresenta.
“Se alguns falam de inquérito, de estatística, de uma maneira inédita de agir por parte da Santa Sé apenas direi que algumas questões são talvez inéditas, que são abordadas pela primeira vez e é ai que poderei encontrar e descobrir alguma novidade”, declarou D. Jorge Ortiga à Agência ECCLESIA.
O arcebispo de Braga explicou que Secretaria Geral do Sínodo, “como sempre”, colocou no documento um conjunto de questões e problemas que “convidam as Igrejas particulares a responder” consultando “sacerdotes, os leigos mais empenhados e comprometidos e, porque a temática é sobre a família, também as procurar ouvir”.
Segundo D. Jorge Ortiga “a metodologia é porventura diferente”, mas a característica fundamental de um sínodo é envolver o maior número possível de pessoas.
“O Papa quer que a Igreja caminhe junta neste discernimento do melhor caminho para a pastoral em geral e nomeadamente na pastoral da família”, observa.
Na Arquidiocese de Braga, o prelado adianta que já abordaram esta consulta no Conselho Presbiteral, que ainda a vão abordar no Conselho Pastoral e que também vão “procurar distribuir pelos movimentos para que possam pronunciar-se sobre as 38 questões”.
O texto preparatório adianta que o Sínodo dos Bispos sobre a família – ‘Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização’ - vai ter duas etapas: a primeira, a Assembleia Geral Extraordinária de 2014 e a Assembleia Geral Ordinária de 2015.
PR/CB/OC
 

Documento Preparatório - Os Desafios Pastorais sobre a Família no contexto da Nova Evangelização

quarta-feira, 13 de março de 2013

Argentino Bergoglio é o novo Papa e chama-se Francisco I

O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi hoje eleito como novo Papa da Igreja Católica, o primeiro do continente americano, e escolheu o nome de Francisco I.

“Sabeis que o dever do Conclave era dar um bispo a Roma: parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo”, disse, na primeira aparição perante cerca de 150 mil pessoas que lotaram a Praça de São Pedro, no Vaticano.

O novo Papa, religioso jesuíta, surpreendeu os presentes ao pedir “um favor”, antes de dar a sua tradicional bênção neste encontro inicial.

“Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração”, declarou, conseguindo calar a multidão que se encontrava em festa há cerca de uma hora, após a saída do fumo branco da chaminé colocada sobre a Capela Sistina.

A primeira bênção seria, posteriormente, estendida a "todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade".

O Papa começou por desejar uma “boa noite” aos presentes e agradeceu o “acolhimento” da comunidade de Roma.

Francisco I começou por propor uma oração pelo Papa emérito, Bento XVI, para que o “Senhor a abençoe”.

A intervenção aludiu depois a um “caminho” que começa, unindo “bispo e povo”, na Igreja de Roma, “aquela que preside na caridade a todas as Igrejas”.

“Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós”, precisou.

“Rezemos sempre por nós, uns pelos outros, por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”, acrescentou o novo Papa.

Francisco I deixou votos de “este caminho da Igreja” seja “frutuoso para a evangelização desta tão bela cidade (Roma)”.

"Irmãos e irmãs, agora deixo-vos: obrigado pelo vosso acolhimento. Rezai por mim, vemo-nos em breve, amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora para guarde toda a (cidade de Roma). Boa noite e bom descanso", disse, ao despedir-se.

O Papa Francisco foi escolhido à quinta votação do Conclave. É argentino e tem 76 anos, menos dois que Joseph Ratzinger quando foi eleito.

O novo Papa, o 266º da Igreja Católica e o primeiro sul-americano, é jesuíta e escolheu o nome Francisco. Formou-se como técnico químico e só mais tarde ingressou no Seminário de Villa Devoto. A 11 de Março de 1958 passou para o noviciato da Companhia de Jesus, tendo estudado no Chile.
É autor de várias obras, entre as quais "Reflexões sobre a vida apostólica", de 1986, "Meditações para Religiosos", de 1982, e "Reflexões de Esperança", de 1992. É membro da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, bem como do Conselho Pontifício para a Família.

Jorge Mário Bergoglio é cardeal desde 21 de Fevereiro de 2001. A sua ordenação sacerdotal decorreu a 13 de Dezembro de 1969, tendo vivido em Espanha e na Alemanha. Foi precisamente em solo germânico que concluiu em 1986 a sua tese de doutoramento, tendo regressado à Argentina como director espiritual da Companhia de Jesus na cidade de Córdoba.

A 20 de Maio de 1992, o Papa João Paulo II nomeou-o bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. A 27 de Junho desse mesmo ano recebeu a ordenação episcopal na catedral de Buenos Aires das mãos do cardeal António Quarracino, do Núncio Apostólico Mosnelhor Ubaldo Calabresi e do Bispo de Mercedes-Lújan Monsenhor Emílio Ognénovich.

Foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires a 3 de Junho de 1997 e Arcebispo de Buenos Aires a 28 de Fevereiro de 1998. Quinze anos depois, é eleito Papa.

Por que motivo é que os Papas escolhem um novo nome?

A primeira decisão que um novo Papa toma não tem que ver com o Governo da Igreja ou com questões teológicas. É sim qual o nome pelo qual quer ser conhecido.

O primeiro Papa a adoptar um novo nome foi o primeiro, São Pedro. Originalmente chamado Simão, o nome foi-lhe mudado por Jesus quando este lhe disse que era sobre ele que iria edificar a sua Igreja, chamando-o então Pedro, que significa "pedra" ou "rocha".

Até ao sexto século, todos os Papas usaram o seu nome de baptismo. O primeiro a mudar depois de São Pedro foi Mercuriano, que adoptou o nome João II por considerar que o seu nome, escolhido em homenagem ao deus romano Mercúrio, não era adequado para um Vigário de Cristo. O hábito foi intermitente daí em diante, mas desde Marcelo II, no século XVI, que todos os Papas adoptam novos nomes.

Os nomes têm necessariamente um significado e o mais provável é que os cardeais que sabem que têm possibilidade de ser eleitos já tenham pensado no que vão adoptar. Na base da decisão pode estar uma ligação aos antecessores, como foi o caso de João Paulo II, que sucedeu a João Paulo I, ou pode estar a intenção de querer evocar a memória e o legado de um anterior Papa ou de um santo do mesmo nome. Foi este o caso de Bento XVI, que tanto queria evocar Bento XV, que reinou durante um período de crise na Europa durante a Primeira Guerra Mundial, como o de São Bento, que evangelizou grande parte da Europa, criando os mosteiros beneditinos.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Um obrigado a todos

Caros amigos, agradeço o vosso gesto de amizade, guardarei-vos a todos e a cada um de vocês, no meu coração. Espero que não deixem de promover este espaço, sempre que puderem. Enviei a todos um email com o convite para aceder e espero que possam fazê-lo e para nos mantermos em contato permanente!


“Se amais aqueles que vos amam (…) Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. Vós, porém, amai os vossos inimigos.”(Lc 6, 32-33.35)

Primeiro semestre termina sob o signo da partilha


Amizade e partilha são dois valores que marcam profundamente o finalizar do primeiro semestre do curso de Estudos Pastorais do IDEP. A assinalar esta primeira etapa percorrida foi realizado um almoço-convívio entre os alunos e professores que simbolizou a partilha no seu pleno sentido cristão, num convite à troca de bens preciosos como a amizade, o acolhimento, a alegria, a esperança e a fé, mas também de bens alimentares que cada um quis levar.
Seguiu-se uma visita guiada pelos marcos da história da diocese através do espólio exposto no Museu Abade Baçal, cujo edifício foi Paço Episcopal. A atividade foi da responsabilidade da aluna Ivone Brás que, autorizada pela direcção do IDEP, pela Diocese de Bragança-Miranda e pelo Museu Abade Baçal, explicou alguns dos episódios mais marcantes da criação da Diocese e da sua História, bem como do Museu Abade Baçal.
O curso de Estudos Pastorais do IDEP foi reactivado no início do ano lectivo 2012/2013 e, neste primeiro semestre, foram ministradas as disciplinas de Introdução à Liturgia, Introdução à Sagrada Escritura, História da Igreja e da Diocese, Revelação e Fé e Cultura Pastoral, a uma turma de mais de meia centena de alunos.
Neste segundo semestre, iniciado dia 1 de Março, serão abordadas as disciplinas de Música, Doutrina Social da Igreja, Princípios de Vida Moral, Introdução à Espiritualidade e Princípios Básicos de Direito Canónico.

As fotografias serão enviadas para os colegas por e-mail! Caso não estejam a receber, não deixem de entrar em contacto: carla.goncalves@gmail.com


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Apontamentos Revelação e Fé: sobre as causas da condenação e execução de Jesus


As causas da condenação e morte de Jesus são múltiplas e podemos invocar três: interesses dos judeus que se sentiam ameaçados; imagem escandalosa de Deus; reivindicação da autoridade Messiânica e Divina.
Jesus estava profundamente ancorado na tradição de Israel, lia a Torah e frequentava a Sinagoga mas, pelos critérios e valores que defende, pela denúncia do pecado individual e colectivo torna-se um desafio e uma ameaça aos sacerdotes judeus: saduceus e fariseus. Jesus choca com a ambição, vontade de poder e desejo de prestígio, bem como com o fanatismo, hipocrisia e pseudo-religiosidade dos fariseus e “doutores da lei”. Muitos acreditavam em Jesus mas por cobardia, por temor de desagradar à mentalidade reinante e dominadora, por amarem mais a glória dos homens que a Glória de Deus, escondem-se.
Ao mesmo tempo, a mensagem de Jesus e a imagem que nos dá de Deus e do Seu Reino é profundamente escandalosa. Deus é justo e bom, misericordioso, oferece o Perdão a todos os homens e vida nova no Reino de Deus. A imagem de Deus universal e amigo é insuportável para a consciência pervertida dos saduceus e fariseus.
Israel esperava um Rei de prestígio e poder, vingador e Jesus apresenta e inaugura um Reino humilde, pobre, modesto, um reino de serviço, de perdão e amor incondicional. Jesus reivindica a sua condição messiânica e divina, concedendo o perdão em nome próprio. Chama Abba, Paizinho a Deus.
Estes vão ser os argumentos para a condenação e execução de Jesus.

Apontamentos sobre milagres


Um milagre é mais do que um prodígio, é um sinal para a Fé. É um sinal através do qual Deus faz um apelo de salvação, é, portanto, um sinal que pretende suscitar e fortalecer a fé.
Jesus faz muitos milagres mas apenas quando encontra uma fé inicial, uma abertura prévia e, por isso, recomenda “não digais nada a ninguém”. Os milagres estão ao serviço, são sinais do Reino Messiânico anunciado e iniciado por Jesus, cumprimento da promessa que conduz o Antigo Testamento em direcção ao Messias e ao seu Reino. Os milagres em Jesus manifestam o poder salvador de Deus, são sinais do amor restaurado de Jesus, garantem a autoridade de Jesus como Rei Messiânico e são sinais do grande Sinal da Nova Humanidade e do Reino Escatológico que se iniciou com a sua Ressurreição.

Apontamentos Exame Revelação e Fé


Jesus de Nazaré um Messias diferente, tem a tripla dimensão de Sacerdote, Profeta e Rei. 
Jesus é, de facto, um Messias diferente. É o profeta esperado quer pela palavra, quer por sinais, revela-Se à multidão. Levava a vida típica de mestre e pregador itinerante, calcorreando a Palestina do seu tempo. Frequentava o templo e ali ensinava, conhecia a lei mas aprofundava-a, incutindo novos valores morais. A sua palavra, eloquente e poderosa, é acompanhada por Sinais, o que O mantém na tradição dos profetas de Israel e, ao mesmo tempo, O diferencia como O profeta esperado, universal, sendo, por isso, um profeta tradicional e inovador.
É Rei embora o seu Reino não seja deste mundo. É descendente de David, conforme esperava o povo de Israel, mas é um rei pobre, não violento, que convive com a escória da humanidade. A lei do Reino é o Serviço.
Jesus é também Sacerdote, Sumo-Sacerdote, por vontade de Deus, desde a sua conceção e nascimento – representa publicamente a comunidade perante Deus e oferece-Se a Si próprio como vítima, num ato de redenção e amor aos homens, para salvação da humanidade.

Exames: apontamentos

A encíclica Proventissimus Deus é do Papa Leão XIII. Foi publicada em 1893 e é o primeiro grande documento da Igreja sobre a Bíblia na época moderna. "Marca a hora do acordar da Igreja para a importância da Palavra de Deus". Não impede nem contraria as pesquisas da ciência bíblica, mas ainda dexa muito a desejar ao referir-se à assistência do Espírito Santo como um "ditado" aos hagiógrafos.

Richard Simon foi o grande impulsionador da crítica bíblica. Cedo se iniciou na literatura talmúdica e rabina, tornando-se independente e um estudioso da matéria. Richard foi inovador, no conturbado século XVII, ao afirmar, sobre a Inspiração, que houve homens que foram instrumentos de Deus mas, por serem profetas, não deixaram de ser homens, embora guiados pelo Espírito Santo.
Dizia, ainda, que não se pode ler a Bíblia com fruto sem se estar instruído sobre a crítica do texto, pois para entender bem os Livros Sagrados é necessário saber sobre os diferentes estados em que os livros foram encontrados, em que tempo e lugares foram escritos, bem como saber sobre as possíveis modificações sofridas.
Foi ele o primeiro a defender a tese de que o Pentateuco não é da autoria de Moisés na totalidade, até pelo número de repetições e pela diversidade de estilos.
Adiantando-se três séculos aos ensinamentos do Concílio Vaticano II afirmou que Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Magistério da Igreja estão entrelaçados e associados de tal forma, que uns sem os outros perdem consistência.
O seu pensamento, no entanto, era demasiado inovador à época, e foi condenado tanto por católicos como protestantes, tendo as suas obras sido condenadas no Parlamento de Paris.

A revelação é natural e sobrenatural e implica mistério, pois revelação implica descobrir, tirar o véu. Se Deus não fosse mistério, não havia necessidade de revelar-Se e essa revelação é natural e sobrenatural.
É natural porque acessível à razão, podemos constatar pela criação e por tudo o que nos rodeia. Mas esta é uma revelação limitada, só completada pela revelação sobrenatural que se concretiza no mistério de Jesus Cristo. Os homens têm acesso ao Pai e são tornados participantes da natureza divina. A "revelação" é uma conversa de Deus com os homens, tal como aconteceu com Abraão, Moisés, numa revelação progressiva que culmina com o amor de Jesus aos seus.
Deus é Revelante e Revelado, estabelece com os homens uma relação de Pessoa para pessoa, como de um Pai para o filho.
Não é o homem que descobre Deus, é Deus quem se manifesta ao homem, quando, a quem, como e porque quer. Deus é a absoluta liberdade e manifesta-Se pelos meios que quer, em diversos géneros de expressão.
Deus fala aos homens à maneira humana, pois de outra forma não compreenderíamos. A única resposta válida é a fé.

Cristo é o revelador do Pai, pois proclama a Boa Nova dos Reinos e ensina com autoridade a Palavra de Deus. Se Ele revela é porque conhece os segredos do Pai. Aparece como profeta tradicional e inovador pregando a Boa Nova e a penitência. O povo reconhece-O como o Grande Profeta embora Jesus Cristo não reivindique esse título. Ele conhece a Lei, interpreta-a, corrige-a, aprofundando-a e inculcando nela princípios de uma nova moral. Chama a Deus "Abba".

Sobre os autores da Bíblia, Deus é a origem dos livros bíblicos, mas os humanos são os verdadeiros autores. Há vários autores e têm a sua cultura, a sua forma de se exprimir e comunicar, e é isto que ilustram, que contam e que rezam. Facilmente se percebe pelo teor dos livros que têm autores diferentes, mas Deus agiu sempre inspirando-os.

Exame Sagrada Liturgia: apontamentos

De que Papa é a Encíclica Proventissimus Deus?
A Proventissimus Deus é do Papa Leão XIII e surge num momento conturbado da história da Igreja. Vai afirmar a autoria divina da Bíblia, recomendar o seu estudo.

O que sugere o nome de Richard Simon?
Richard Simon foi  quem, por assim dizer, iniciou verdadeiramente a era crítica, no século XVII. Logo em criança foi iniciado na literatura talmúdica e rabina e depressa se tornou independente. Diante da especulação dominante da época, sobre a inspiração da Sagrada Escritura afirma que houve homens que foram instrumentos de Deus, mas não deixaram de ser homens, ainda que guiados pelo Espírito Santo.  Adiantou-se três séculos ao Concílio Vaticano II ao afirmar que as Escrituras, por si só, não eram suficientes, sem a Tradição e o Magistério da Igreja.
Defendeu a tese de que o Pentateuco não é de Moisés na totalidade, até pela diversidade de estilos que se encontram no mesmo livro. Foi acusado e condenado pelos protestantes e católicos, tendo de abandonar a Congregação do Oratório, onde tinha entrado em criança. As suas obras foram condenadas no Parlamento de Paris.

Pode a Bíblia ter mais do que um autor?
O autor principal e mentor da Bíblia é Deus, mas foram vários os profetas e apóstolos que a escreveram, inspirados pelo Espírito Santo. Hoje sabemos ainda que na antiguidade a questão dos autores não se colocava e, assim, muitas vezes quem continuava os livros, assinava com o nome do apóstolo ou profeta que tinha iniciado.

A revelação na Bíblia é natural ou sobrenatural?
A revelação na Bíblia é natural e sobrenatural. Deus manifesta-se aos homens de forma natural, através da criação, para que O possamos conhecer e admirar a Sua grandeza. Através da revelação sobrenatural, do Seu Filho, Deus revela o mistério central da fé cristã para a redenção dos homens. Deus manifesta-se ao homem, vai ao seu encontro e fala através dos homens para que O possamos entender.
Tanto a revelação natural como sobrenatural são necessárias, mas a única resposta válida do homem é a fé, pois a revelação não acaba com o mistério, como dizia S. Tomás de Aquino, "no termo do nosso conhecimento, conhecemos Deus como desconhecido".

Os Protestantes consideram o livro da Sabedoria como canónico ou deuterocanónico?
Os Protestantes consideram o livro da Sabedoria como deuterocanónico. , Hoje em dia, os Protestantes aceitam a uniformidade do canôn da Igreja Católica no que diz respeito ao Novo Testamento.

Sobre as citações da Bíblia:
As citações bíblicas têm sempre a seguinte ordem: Título do LIvro (abreviado), Capítulo e Versículo.
Exemplo: Jo 10,10. Esta citação lê-se assim: Evangelho de São João, capítulo dez, versículo dez.

* - A vírgula ( , ) separa o capítulo do versículo.
Exemplo: Jo 6,50 = Evangelho de São João, capítulo seis, versículo cinqüenta.
* - O ponto ( . ) indica um pulo entre os versículos.Neste caso, lê-se o número que vem antes e depois do ponto.
Exemplo: Jo 1,3.9 = Evangelho de São João, capítulo um, versículos três e nove.
* - O traço ( - ) indica que devemos ler de um versículo até o outro.
Exemplo: Jo 17,20-26 = Evangelho de São João, capítulo dezessete, versículos de vinte a vinte e seis. O traço pode também indicar uma seqüência de capítulos.
Exemplo: Jo 17,20-18,12 = Evangelho de São João, do capítulo dezessete, versículo vinte, até o capítulo dezoito, versículo doze.
* - O ponto e a vírgula ( ; ) separam uma citação de outra, ou um livro de outro livro.
Exemplo: Jo 1,5;16,14 = lê-se o versículo cinco do capítulo um e o versículo quatorze do capítulo dezesseis.
Outro exemplo: Jo 1,5;Mt1,22: neste caso, deve-se procurar as duas citações pedidas, uma no Evangelho de São João e a outra no Evangelho de São Mateus.

"Deus no Seu infinito amor, veio ao encontro do homem como seu amigo" 
Esta frase é encontrada em diversos livros do Antigo e Novo Testamento. Deus invisível fala aos homens como amigo, convidando à comunhão com Ele, como aconteceu com Adão, Noé, Abraão, Moisés, e cuja revelação progressiva e amorosa culmina no amor de Jesus.
Deus vem ao encontro do homem, quando, a quem, onde, como e porque quer, falando por meio dos homens e à maneira humana.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Bragança: Bispo convida católicos a contribuírem para pagamento de dívidas das obras da Catedral

Foto de Carla A. Gonçalves

Bragança, 15 fev 2013 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda anunciou que a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, vai destinar-se ao pagamento das dívidas da construção da Catedral bragantina.
“A Diocese deve ainda tantos milhares de euros das obras da igreja catedral, conforme podem acompanhar pelo ‘Mensageiro de Bragança’. Este é um problema que temos de ser capazes de resolver juntos, com responsabilidade, coragem e confiança”, assinala D. José Cordeiro, a respeito do edifício que foi dedicado a 7 de outubro de 2001.
O prelado admite que “há ainda muito para pagar e ainda muito para fazer”, determinando que a recolha dos donativos dos fiéis será realizada “em todas as celebrações litúrgicas do Domingo de Ramos” ou noutro dia mais indicado, a juízo dos párocos.
“Agradeço às muitas pessoas e instituições que já deram e conto com a preciosa ajuda daqueles que têm a possibilidade de fazer as suas renúncias para darem um contributo”, escreve D. José Cordeiro, num texto divulgado na página da diocese na internet.
O bispo de Bragança-Miranda afirma que o tempo da Quaresma deve ser dedicado à “escuta da Palavra” oração, esmola, jejum e “sobriedade no quotidiano”, acrescentando que os católicos são chamados “à caridade do coração e a um maior sentido de pertença à fé da Igreja”.
“Como pedras vivas da catedral invisível, somos também convidados a ter uma pedra na catedral visível, sinal de uma comunhão que atravessa gerações, mesmo com as que nos precederam na fé, e com aquelas a quem deixarmos este legado, testemunho da nossa peregrinação terrena. Pedimos, por isso, aos católicos da Diocese para contribuírem generosamente”, assinala.
A Quaresma é um período de 40 dias, que se inicia na Quarta-feira de Cinzas, em que os católicos são chamados a práticas penitenciais de jejum, oração e esmola para preparar a Páscoa, que assinala a ressurreição de Jesus.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Vaticano: «Continuai a rezar pelo Papa e pela Igreja»


Cidade do Vaticano, 13 fev 2013 (Ecclesia) – O Papa pediu hoje aos fiéis que continuem “a rezar pelo Papa e pela Igreja”, depois de nesta segunda-feira ter anunciado a resignação, que terá efeito a partir de 28 de fevereiro.

“Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de abril de 2005”, disse Bento XVI perante milhares de peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, no Vaticano, ao abrir a audiência geral das quartas-feiras.

Bento XVI sublinhou que a decisão foi tomada “em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de muito rezar” e de ter “examinado” a “consciência diante de Deus”.

O Papa frisou que está “bem consciente da gravidade” do seu ato, “mas também consciente de não estar mais em condições de desempenhar o ministério petrino com a força física e de espírito que requer”.

“Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o Qual não lhe deixará jamais faltar a sua orientação e a sua solicitude. Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes acompanhado”, assinalou.

“Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente a força da oração que me proporciona o amor da Igreja, a vossa oração. Continuai a rezar pelo Papa e pela Igreja”, concluiu, antes de iniciar a catequese dedicada à Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, que ocorre hoje.

Destruição do anel do pescador 




 A renúncia ao pontificado apresentado segunda-feira por Bento XVI implica a destruio«ção do Anel do Pescador (anulus piscatoris), uma das insígnias oficiais do Papa, sucessor do apóstolo Pedro, pescador da Galileia. O porta-voz do Vaticano confirmou que o cardeal camerlengo, D. Tarcisio Bertone, terá a missão de destruiro anel, com um martelo de prata: o gesto tem o significado de sublinhar que no período da Sé Vacante ninguém pode assumir prerrogativas próprias do bispo de Roma. Feito em ouro, o Anel do Pescador tem uma representação de São Pedro num barco, a pescar, e o nome do Papa em volta da imagem.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

IDEP com página oficial

Foi criada, com aval do Rev. Pe. José Carlos Martins, a página do IDEP no site da Diocese:http://www.diocesebm.pt/diocese/instituto-diocesano/ . Aqui encontram-se todas as informações relativas ao Instituto Diocesano e aos conteúdos aí ministrados:

O Instituto Diocesano de Estudos Pastorais (IDEP) é uma escola teológica, pertencente à Diocese de Bragança-Miranda, que desenvolve actividades formativas em diversos âmbitos:

  • Formação permanente dos Presbíteros e dos Diáconos;
  • Formação de agentes pastorais;
  • Formação laical;
  • Formação académica dos candidatos ao Diaconado Permanente;
  • Formação Pastoral (curricular) dos Seminaristas Maiores (6ºano);
  • Reflexão teológica e pastoral;
  • Preparação básica dos professores de EMRC.

A quem se destina?
  • Presbíteros e Diáconos;
  • Leigos propostos pelos párocos;
  • Leigos com vontade de adquirir conhecimentos básicos de Teologia e Pastoral;
  • Religiosos(as), animadores e cooperadores, catequistas, professores de EMRC;
  • Candidatos ao Diaconado Permanente.
Estrutura Curricular:
1º Ano: Introdução à Sagrada Escritura; Introdução à Liturgia; Revelação e Fé; História da Igreja e da Diocese; Pastoral; Introdução à Espiritualidade; Música I; Doutrina Social da Igreja; Princípios de Vida Moral; Princípios básicos de Direito Canónico.

2º Ano: O Deus de Jesus Cristo; Liturgia e Ministérios; Catequética; Antigo Testamento; Vida Consagrada; Espiritualidade; Pastoral Juvenil e Vocacional; Direito I; Novo Testamento; Teologia Sistemática.

3º Ano: Psicologia; Introdução aos Sacramentos; Moral; Vaticano II; Espiritualidade; Liturgia dos Sacramentos; Catecismo da Igreja Católica; Teologia Dogmática; Direito II; Música II

Oferta Formativa:Duração de 3 anos;
Possibilidade de inscrição “ad hoc” nas disciplinas, para formação pessoal;

Cada ano, com aproveitamento, capacitará para o exercício dos seguintes serviços e ministérios:
1º Ano: Leitores (Instituídos ou Designados) e Salmistas.

2º Ano: Ministros Extraordinários da Comunhão; Acólitos (Instituídos ou Designados); Catequistas e professores de EMRC.

3º Ano: Ministros da Palavra; Diáconos Permanentes; Integra os seminaristas do 6º ano pastoral.

Carga horária: Sextas feiras, das 20.30h às 22.30h; Sábados, das 9h às 12h.

Ano lectivo de 2012 / 2013: horário e calendário

Local: Salão da Casa Episcopal, em Bragança.
Contactos: Seminário Maior de São José, Avenida Cidade de Zamora, 5300-111 Bragança, Tel: 273 300 140, Fax: 273 300 141, Tlm: 964 162 426, Correio electrónico: idepbm@gmail.com

Blogue “Estudos Pastorais”: http://www.estudospastorais.blogspot.pt/ onde docentes e discentes partilham apontamentos e reflexões.

Como se pode inscrever? Basta dirigir-se à Cúria Episcopal, preencher uma Ficha de Inscrição e aguardar por um contacto telefónico.

Exame História da Igreja

Questões em estudo para o exame de História da Igreja:


[O exame de História da Igreja constará de duas partes, a primeira com duas perguntas para responder de forma sucinta, a segunda com uma pergunta para responder de forma desenvolvida. As questões serão escolhidas a partir das que se seguem]



I Grupo


- Como resumiria a Carta de Plínio, o Jovem?

- Em que contexto histórico foi escrita a Carta a Diogneto?

- Como definiria, na alta Idade Média, o serviço dos mosteiros à cultura?

- De que forma Gregório VII encarou a questão das investiduras?

- O que entende por Cisma do Ocidente?

- Como se perpetrou o diálogo fé/razão aquando da Revolução Francesa?

- Situe a encíclica Rerum Novarum face à Doutrina Social da Igreja?



II Grupo

- «A história da Igreja não se esgota, de maneira nenhuma, na história das suas instituições, mas compreende a ebulição permanente da ação carismática do Espírito, que inspira os discípulos de Jesus, quando quer, onde quer e a quem quer, para utilidade de toda a comunidade cristã».
(Pio XII, Discurso no Congresso de História, 1954)

O carácter teândrico da Igreja manifesta-se, muito concretamente, ao longo da sua história. A santidade de muitos mostra como a Igreja nasce e renasce da ação permanente do Espírito Santo. Considerando os diferentes capítulos da história da Igreja, desenvolva este tema.


- Ao longo dos séculos, a Igreja conheceu diferentes formas de relacionamento com o poder temporal. Se o cesaropapismo e o regalismo são conceitos incontornáveis nesta temática, Gregório VII e Inocêncio III são marcos de referência obrigatória. Desenvolva este assunto.


- «Evangelizar constitui a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição».
(Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, 1975)

Evangelizar é, de facto, a vocação da Igreja, por isso o seu rosto missionário vai assumindo traços distintos ao longo dos tempos. Ilustre este excerto de Paulo VI a partir dos dados que a história da Igreja lhe fornece.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Revelação e Fé: apontamentos para o exame

A nossa colega Ana Paula partilhou as respostas às seis questões para o exame de Revelação e Fé, com base nos apontamentos da disciplina. O exame está marcado para dia 23 de fevereiro às 10 da manhã. Destas seis questões cedidas pelo prof. Júlio Gomes, três sairão no exame.

1.  Escreva aquilo que sabe sobre a imagem de Deus no Antigo Testamento.

TRAÇOS FUNDAMENTAIS DO ROSTO DE DEUS DE ISRAEL
1. Yavé é o único Deus . O Monoteísmo de Israel
A libertação do Homem;
A unidade da Humanidade;
A possibilidade da Ciência e da Técnica.
2. O Deus de Israel e Criador e Senhor, único e Bom, de toda a Realidade, Homem e Natureza.
3. Deus é Verdadeiro criador, Livre, Soberano e Garantido.
4. Deus é transcendente e Iminente ao Universo
5. Deus é ser pessoal
6. Deus é Santo
7. O Deus de Israel é amigo, libertador e misericordioso.


2       –Jesus de Nazaré é um Messias diferente. Fala sobre a tripla dimensão de Jesus como Sacerdote, Profeta e Rei.

Jesus profeta, rei e sacerdote são funções ou serviços que muitas vezes se interpretam e misturam e que naturalmente irão ser herdados pela igreja, comunidade, corpo e presença de Jesus Cristo na história.

1. Jesus, profeta.
O Profeta é aquele que proclama a Palavra de Deus.
No A.T. homens escolhidos por Deus e enviados, conduzidos pelo Seu espirito, permanentemente anunciavam a mensagem de Deus a Israel e por vezes acompanhada de sinais.
O perfil desse profeta esperado veio-se progressivamente identificando com a figura futura e enigmática do Messias, Cristo ou Ungido de Deus.
Ao longo da sua vida publica, Jesus, pela força da sua palavra e pelos sinais que o acompanharam, é frequentemente reconhecido pelas multidões como o Profeta: Um
grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou seu Povo S. Lucas (Lc7,16).
Podemos nós hoje reconhecer Jesus como um Profeta?
Jesus como profeta - O seu estilo
Jesus levava a vida típica de um mestre e pregador itinerante, calcorreando a Palestina do seu tempo, visitando cidades e aldeias, frequentando a sinagoga, ensinando frontalmente no templo.
A sua palavra poderosa e eloquente é acompanhada por uma tal quantidade e importância de sinais que embora mantendo-O na tradição dos profetas de Israel, O
diferenciam qualitativamente e por isso O fazem reconhecer como o profeta por excelência, esperado e universal.
Jesus e ao mesmo tempo Tradicional e Inovador
Tradicional: Palavra e Sinais (gira em torno da nova Aliança Prometida e o Reino de Deus esperado)
Inovador: Ele é o Profeta de que todos falaram e que todos escreveram e anunciaram e em quem se cumpre toda a Escritura.

_ Poderá perguntar-se onde está o espírito profético?
_ Haverá ainda profetas?

Pelo Batismo e confirmação, todo o cristão, inserido em Cristo participa do seu espirito e da sua missão e por isso também do espirito profético.
Cada Cristão tem, perante a comunidade crista e perante o próprio mundo, a responsabilidade da palavra, é a boca de Deus no mundo.

2. Jesus, Rei.
Esperança messiânica concretizava-se num descendente de David.
_ Genealogias de Jesus – S. Mateus (Mt.1;1-17); (Lc. 3, 23-38) passam por David.
_ Anunciação do Anjo Gabriel – o trono de David e seus pais
_ Rei dos Judeus – Magos vindos do Oriente; S. Joao – Natanael Tu és o filho de Deus, o Rei de Israel Jo. 1,49
«O meu Reino não é deste mundo»
Jesus de Nazaré é Rei mas um Rei pobre e não violento, convive com a escória da Humanidade. A lei do Reino é o Serviço.
Rei da natureza: Domina ventos e tempestades.
Pelo Batismo e confirmação todo o cristão participara da realeza de Jesus e, nas múltiplas vocações, situações e tarefas humanas, e chamado a construir pelo serviço ao homem, o Reino de Deus na Terra, já iniciado em Jesus, mas ainda não consumado.

3. Jesus Sacerdote
Daquilo que é comum às várias Religiões o Sacerdote é um membro da comunidade humana concreta que, em nome e em representação publica e oficial da referida comunidade, tem a seu cargo assegurar as relações com Deus.
Quaisquer que sejam as formas, formulas ou ritos usados, o essencial da instituição sacerdotal e que o sacerdote representa publicamente a comunidade perante Deus e ao mesmo tempo Deus perante a comunidade, e, portanto, um mediador institucional entre Deus e os Homens, cuja mediação e exercida através da oferta de Dons de Deus.
São raras as referências explícitas a Jesus Cristo como sacerdote no N.T. e sobretudo nos Evangelhos.
Jesus, o sumo-sacerdote, por vontade de Deus, desde a sua conceção e nascimento.
O que define o sacerdote e o sacrifício, a ação sagrada em nome da comunidade.
O Sacrifício ou ação sagrada implica o sacerdote, a vitima (que e oferecida a Deus: pão e vinho, primícias das culturas ou rebanhos) e a própria acção, o ato de culto.
Sacerdócio ministerial – pelo sacramento da ordem;
Sacerdócio comum – povo sacerdotal (pelo Batismo e confirmação, participar do sacerdócio de Jesus Cristo).


3– O que é um milagre?

O milagre é um gesto de poder, um prodígio, que provoca admiração e pelo qual Deus faz um sinal aos Homens (em grego semeion, sinal), em contexto de Fé.
Três caraterísticas fundamentais:
1. A sua natureza extraordinária e a sua natureza divina;
2. O seu significado, o seu caracter de sinal;
3. O contexto de Fé em que acontece.

O Milagre nunca é objetivo, não é simplesmente um prodígio, mas sobretudo um sinal para a Fé. O prodígio seria simplesmente algo de insólito, fora do comum, o sinal pelo contrario, e algo que pretende significar algo a alguém. Enquanto sinal de fé, o milagre é um gesto, um prodígio, através do qual Deus faz um apelo de salvação a pessoas determinadas, para que se abram a essa mesma salvação, para que acreditem.
Tal como a Fé, que e opção fundamentada mas livre, o milagre, sinal que pretende suscitar ou fortalecer a Fé, não é automático, não provoca necessariamente a Fé. Podemos reconhecer ou não o seu carater de sinal, podemos ver apenas o prodígio mas não ver o que ele pretende significar.
Na vida de Jesus, muitos, apesar de verem os seus milagres, não acreditam nele, pelo contrário endurecem na sua oposição a Ele.
Jesus não faz mais milagres quando não encontra pelo menos uma fé inicial, uma atitude de abertura prévia.
É este um dos motivos do segredo messiânico a recomendação feita por Jesus depois dos milagres: não digais a ninguém … Jesus não quer nem passar por um curandeiro, nem desviar os seus contemporâneos do central da sua mensagem e pessoa.
Os Milagres estão ao serviço, são sinais do Reino Messiânico, anunciado e iniciado por Jesus, cumprimento da promessa que conduz a todo A.T. em direção ao Messias e ao seu Reino. Os milagres como sinais do Reino:
_ Manifestam em Jesus o poder salvador de Deus, em aço, a sua vitoria sobre todas as formas de pecado, de mal e de morte.
São sinais do amor restaurador de Jesus, presente e atuante em Jesus de Nazaré.
_ Garantem a autoridade de Jesus como Rei Messiânico.
_ São antecipação da Ressurreição de Jesus, sinais do grande sinal, da Nova Humanidade e do Reino escatológico, que precisamente se iniciou com a sua ressurreição.

Em síntese podemos dizer que o milagre é complexo, polivalente para suscitar, confirmar e fortalecer a Fé:
1. Sinal do amor redentor, restaurador de Deus;
2. Sinal de vitória última e definitiva de Deus sobre o mal;
3. Sinal da vinda do reino de Deus escatológico e definitivo.
Referindo o milagre mais a missão e pessoa de Jesus Cristo, podemos dizer que ele também é:
4.Sinal da glória de Jesus e confirmação (provisoria) da sua missão messiânica e divina.
Os milagres e os sinais de Fé são ainda:
5. Sinais do grande e último sinal, a ressurreição de Jesus, sua confirmação definitiva.


4– Porque razão foi morto Jesus?

As causas da condenação e Morte de Jesus são múltiplas.
Podemos ordenar estes motivos em 3 grandes grupos de causas:
a) Interesses e situações ameaçados ou desiludidos.
b) Imagem escandalosa de Deus e do seu Reino.
c) A reivindicação da autoridade Messiânica e Divina.

a) Apesar de profundamente ancorado na tradição de Israel, Jesus pelas preferências, critérios e valores que defende, pela sua liberdade perante pessoas e instituições, pela denúncia do pecado individual e coletivo torna-se um desafio e uma ameaça: o Mundo odeia-me porque dou testemunho de que as suas obras são más(Jo.7,7).
A sua popularidade e renome crescem, o Povo que O segue aumenta, e neste sentido, Jesus subverte mentalidades e situações.
Aqueles que se sentem feridos ou ameaçados reagem e a decisão de O liquidar, há já muito tomada, espera apenas pela ocasião própria que finalmente surge pela mão de Judas e em plena preparação da festa pascal Judaica. Jesus choca frontalmente com a ambição, vontade de poder e desejo de prestigio dos Saduceus e Príncipes de Israel.
Choca também com o fanatismo, hipocrisia e pseudo-religiosidade dos fariseus, escribas e Doutores da Lei, cheios de orgulho, de auto-suficiência e de desprezo. Fere a superficialidade e futilidade de Herodes com o seu silencio. A motivação radical mais importante que conduziu a condenação e execução de Jesus, e o egoísmo individual e coletivo, os interesses pessoais e sociais ameaçados, o orgulho ferido dos Saduceus e Fariseus que indubitavelmente encontramos. Nos evangelhos, podemos ver quem espalha o sentimento de Chefes: porque ele (Pilatos) sabia, que os Sumo-Sacerdotes O tinham entregue por inveja (Mc. 15,10). Os sumo-sacerdotes decidiram então matar também Lazaro pois muitos, por causa dele, deixaram os Judeus e acreditavam em Jesus (Jo.12, 10-11).
Contudo muitos Chefes acreditavam n’Ele mas por causa dos Fariseus não O confessavam, para não serem expulsos da sinagoga pois amavam mais a gloria dos Homens do que a de Deus (Jo. 12,42-43). É a atitude de cobardia, o querer agradar aos Homens, a mentalidade reinante e dominadora, o temor de desagradar com o seu cortejo de consequências, o temor das censuras, das incomodidades e complicações, a ameaça de expulsão da Sinagoga que se esconde por trás da Paixão.

b)A conceção de Religião e a imagem do Deus de Israel que Jesus anuncia e revela é profundamente escandalosa. O Deus de Jesus e um Deus dos vivos, Justo e Bom, que recompensa para lá da morte, em oposição à perspetiva puramente terrena dos Saduceus; é um Deus cheio de bondade e Misericórdia que oferece incondicionalmente a todo o Homem Judeu ou Pagão, o perdão, a reconciliação e a Vida Nova. Deus julga segundo o interior, o coração do Homem. A interpretação que Jesus faz da Lei, o Sábado feito para o Homem e não o Homem para o sábado(Mc.2,17). Esta imagem de Deus, universal, de todos os povos e não apenas de Israel, misericordioso e não distante, mas próximo e amigo de pecadores, oferecendo a reconciliação e o perdão, é inaceitável e insuportável para a consciência pervertida de Saduceus e Fariseus.
S. Joao: Por isso, os Judeus perseguiam Jesus, porque fazia tais coisas ao sábado (Jo. 5,16).
A Imagem do Messias-Rei e do Reino e apresentada por Jesus furando todas as expetativas.
Israel esperava um Rei de Prestigio e poder, vingador da humilhação de Israel, um ideal de domínio e riqueza. O reino de Deus que Jesus inaugura e um Reino humilde, pobre, modesto, de serviço, de verdade, de perdão e de Amor incondicional, é bem diferente das esperanças terrestres.

c)A reivindicação por Jesus de Nazaré de uma condição Messiânica e Divina.
A interpretação autoritativa da Lei, feita por Jesus, Lei dada por Deus através de Moisés; O seu senhorio sobre o Sábado e a sua supremacia sobre o templo, as mais sagradas instituições Judaicas são o primeiro sinal. A radicalidade do seu chamamento ao seguimento, antepondo-se aos mais puros laços familiares e religiosos, o perdão dos pecados concedido em nome próprio e a constituição do núcleo Novo Povo de Deus, através da escolha e envio dos doze apóstolos, são também significativos. Igualmente a expulsão dos demónios, o seu domínio sobre a Natureza, o Homem, as consciências, a doença, a morte, a vida, a sua reivindicação do titulo de Filho do Homem, Juiz e senhor Universal, que regressara para julgar todas as Nações.
A sua relação com Deus, a quem chama Abba, isto e Paizinho, relação de intimidade, de amor, de Filiação em sentido próprio de comunhão de ser e de vida, todos estes traços e elementos constituem, no seu conjunto significativo, uma clara e indiscutível reivindicação de autoridade Messiânica e Divina.
Esta reivindicação de Jesus é precisamente a acusação central do seu processo oficial perante o Sinédrio e o Sumo-Sacerdote e a causa indiscutível da sua condenação e execução.
O que e mais grave, para os seus contemporâneos e inimigos, é que esta reivindicação não se fixa apenas em palavras: esta é acompanhada de gestos, de sinais, de milagres, que não pode deixar de constituir um indiscutível testemunho e confirmação, por parte de Deus, da mesma reivindicação de Jesus.


5– O que nos revelam a cruz e o rosto de Jesus na sua Cruz?

A cruz de Jesus revela que Deus é Amor para connosco
Deus é Amor para connosco. O Amor é acolhimento e entrega, é partilha e doação, é morrer a si próprio, é comunhão. Só dando-se pode haver união, só morrendo a si, se pode comungar. Aquele que ama de verdade, despoja-se de si próprio, faz-se pobre, torna-se humilde, servido e sofredor, para se identificar, unir, comungar com aquele que ama. Deus torna-Se infinitamente pobre, humilhado, sofredor e servidor, porque ama infinitamente. Porque tem Amor infinito.
Um amor autêntico, que não olha de cima nem de longe, que se aproxima, se torna próximo, se faz um de nós, se identifica com o Homem na humilhação, no sofrimento, na debilidade e na derrota, na própria morte.
Deus perdeu a cabeça e o coração, e por isso perdeu também a vida, pelo Homem! O Homem, é a paixão de Jesus que o revela, é a loucura de Deus!

A cruz de Jesus revela que Deus é Amor em Si mesmo
Se a revelação revela Deus mesmo, se Deus Se revela eminente e insuperavelmente no seu Filho Jesus e de modo muito especial no seu rosto posto na Cruz, então não é apenas para nós que Ele se revela mas em SI mesmo, e dai que em Si mesmo Ele é Amor. Passamos do ter amor ao ser amor. Deus é Amor para connosco porque em Si mesmo é Amor.
O Amor, portanto, em Deus, não é uma coisa, um aspeto, um atributo ou parte de Deus, é Deus mesmo, é a sua natureza ou essência, é o Em-SI de Deus.

A cruz de Jesus revela quem é o Homem
O Homem, é o sofrimento de Jesus que o revela, é aquele que é amado por Deus até à loucura e à morte: Deus de tal modo amou o Mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito (Jo 3,16); não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou (1 Jo 4,10).
Este Amor de Deus pelo homem, revelado em Jesus Cristo, é o alicerce permanente, a raiz da existência cristã, individual e coletiva, a realidade e Palavra última que pode ser dita sobre o Homem.
Só por Jesus Cristo sabemos quem o Homem é. Pela graça do Espirito Santo, o Homem é filho de Deus, no Filho de Deus!


6– Escreva de uma forma organizada aquilo que sabe sobre a terceira pessoa da Santíssima Trindade?

O Pai e o Filho, através da Humanidade ressuscitada de Jesus, instrumento de salvação, enviam o Espirito Santo, derramam-No sobre a Humanidade. É Ele que nos confere o perdão e a reconciliação, alcançados por Jesus Cristo na sua morte (Jo 20,19).
É Ele que nos abre à fé, fazendo-nos reconhecer em Jesus Cristo, o Senhor ( 1 Cor 12,3). É Ele que é a garantia e o penhor da nossa esperança futura. É Ele ainda que comunica o amor a Deus e ao próximo ao nosso coração humano (Rm 8, 14; 1,5), Ele, o
Espírito de Jesus ressuscitado, princípio vital do cristão e da Igreja. É Ele, Espírito de comunhão entre o Pai e o Filho, que realiza a comunhão dos homens entre Si, com Jesus ressuscitado e, por Ele, com o Pai. Por Ele é conferida a graça santificante ou justificante, que realiza a divinização e a filiação divina do Homem, a inserção do Homem na própria Trindade de Deus, é Ele que nos comunica a Vida nova e divina.
É pelo Espírito Santo que o Novo Adão nos faz participantes da sua Vida Nova, que Jesus ressuscitado, Cabeça da Igreja, a alimenta e vivifica.
O Espírito Santo é o grande e permanente Dom do Pai e do Filho ressuscitado à Humanidade.

I- O Espirito de Deus no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, o Espírito (≪ruah≫, em hebraico, ≪pneuma≫, em grego, que significa sopro, vento) é sobretudo expressão do poder criador de Deus, fonte e origem de vida, sem se distinguir do próprio Deus como pessoa. Sopro e energia criadora de Deus, que igualmente dirigia os profetas e Reis, Ele é, fundamental conteúdo da esperança de Israel e Promessa de Deus: no Fim dos Tempos, o Messias-Rei esperado, instaurador do Reino de Deus, será ungido com o Espírito, que sobre Ele permanecerá e que posteriormente derramará, primeiro sobre Israel e depois sobre ≪todos os Povos≫, ≪toda a carne≫.

No Fim dos Tempos o Espírito repousará e permanecerá de modo interior, permanente e

definitivo sobre o Messias-Rei e, a partir d’Ele, sobre Israel e a Humanidade.

Esta espera apocalítica e considerada realizada pela Primitiva Comunidade Crista, como claramente o mostram os ≪Actos dos Apóstolos≫, com o acontecimento Jesus Cristo.

II- O Espirito de Deus e Jesus, o Messias, o Cristo, o Ungido.

A intima e fundamental ligação entre Jesus e o Espírito é-nos, aliás, dada pela associação entre o nome próprio – Jesus – e o título ou função - Cristo. Cristo significa

precisamente o Ungido, exato equivalente de Messias em hebraico e Cristo em grego.

Jesus é por excelência o Cristo, o Messias, o Ungido com o Espírito Santo; isso mesmo O define, O caracteriza.

III- O Espírito Santo e a vida crista
Se a obra salvadora de Deus é uma só, obra das três pessoas de Deus, de toda a Santíssima Trindade, não é menos verdade que ela é diferentemente realizada por cada uma das pessoas de Deus. Por isso mesmo e muito justamente se fala nas duas missões ou envios: o Pai envia o Filho e o Pai e o Filho glorificado, consumada a obra da redenção, enviam o Espírito Santo.

Qual é a missão do Espírito Santo?
Para a sua fundamental importância salvífica e reveladora, porque é o único caminho para podermos compreender que é e Quem é o Espírito Santo, objeto e conteúdo da nossa fé, explicitemos sinteticamnete a presença, a ação, a missão do Espírito Santo na vida cristã, do seu início ao seu termo, no cristão e na Comunidade cristã, a Igreja.
Como diz S.Paulo, a fé, início da vida cristã, nasce do ouvido, da Palavra de Cristo, do Kerygma cristão, da Palavra dita já no Espírito por aqueles que a proclamam. A fé é preparada, conduzida e impelida interiormente pela ação do Espírito Santo: Ninguém pode dizer Jesus Cristo é o Senhor a não ser pelo Espírito Santo. S.
Joao diz: Jesus Cristo glorificado à direita do Pai, envia o Espírito, que O substitui junto dos seus discípulos. Ele é o outro paráclito ou Advogado., Espírito de Verdade que conduzirá os discípulos à verdade plena.
Paulo e Joao insistentemente repetem: é pela água e pelo Espírito Santo que somos batizados. Se é o Espírito que conduz à conversão, à fé e ao Batismo, o Batismo traz consigo, de um modo novo e pleno, o Espírito, o dom do Espírito, como sobretudo S. Paulo e os Actos dos Apóstolos continuamente afirmam: convertei-vos e peça cada um o Batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis então o dom do Espírito Santo.
Assim, o Espírito Santo opera não só o início da vida cristã como é o Princípio permanente e interior dessa mesma vida, centro e princípio vital donde flui, em divina espontaneidade, o ser e o agir cristão, em todas as suas dimensões e perspetivas.
Tendo o amor de Deus sido derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado., este Espírito, que é o Espírito de Cristo, torna o cristão verdadeiro filho de Deus e opera não só a remissão dos pecados e a justificação mas torna-Se princípio íntimo e vital de toda a experiência cristã.
Ao receber o Espírito Santo, pela fé e pelo Batismo, o cristão torna-se portanto verdadeiramente filho de Deus. Por isso Se manifesta como Espírito não de temor ou e
escravidão, mas de amor e de filiação.
O Espirito Santo é derramado sobre a Comunidade Primitiva no dia de Pentecostes.
Era a festa de Israel em que se comemorava a Lei dada por Deus a Israel, por intermédio de Moisés, no Sinai e se renovava a Aliança.
O Espírito Santo é o eterno fruto, o vínculo do Amor do Pai e do Filho. O Espírito Santo é entregue à natureza humana, glorificada, do Senhor Jesus.
Ressuscitado pelo Espírito Santo e constituído na sua humanidade, Senhor do Espírito, Jesus Cristo glorificado, tal como prometera, envia o Espírito Santo à sua Comunidade pré-pascal e a cada um dos seus fiéis, justificando-os e tornando-os membros do seu Corpo.
É sempre e só através da humanidade glorificada de Jesus que o Espírito é derramado
sobre a nossa humanidade, e com Ele o Pai e o Verbo Eterno, quer se trate de cada cristão, quer se trata do seu conjunto, a Igreja. Simultaneamente, é sempre e só no Espírito Santo que temos participação na humanidade gloriosa de Jesus e por Ele, o Filho, acesso ao Pai.

IV- A divindade e personalidade do Espírito Santo
Os cristãos participam no Espírito na medida em que participam no acontecimento – Cristo, expresso na sua confissão de fé em Jesus como Senhor…porque Jesus Cristo, como vimos, é um só com a natureza de Deus, por isso o Espírito que habita nos cristãos, Espírito de Cristo que brota de Jesus, é o Espírito mesmo de Deus.
Se Jesus é Deus, e se e o Espírito que nos faz participar realmente em Jesus e portanto em Deus, também o Espírito tem de estar do lado de Deus, tem de ser da natureza divina.
A revelação não é só nem principalmente manifestação, desvendamento de verdades ou da Verdade sobre Deus. É radical e essencialmente participação, comunhão em Deus que Se revela em Jesus Cristo. É nisso mesmo que consiste a vida crista.
Ora, se o Espírito Santo dá participação real em Jesus Cristo e, por Ele, no Pai, o próprio Espírito não pode deixar de pertencer à esfera do divino, à natureza mesma de Deus, pois, como é evidente, só Deus pode fazer-nos participantes em Deus.
Isto mesmo ajuda a entender o que significa corretamente a inobjetividade de Deus: porque Deus não é só Pai e Filho, mas também Espírito, por isso Ele é não só conteúdo de Revelação e objeto da nossa fé, mas sujeito em nós, enquanto nos introduz a nós próprios na sua Realidade: Alguém em que acreditamos, mas também, Alguém que em nós, dentro de nós, nos leva a acreditar.

V- O que Jesus diz do Espírito Santo no Evangelho de João
Algumas passagens a verificar na página 378 e 379 do nosso manual de estudo e consequentemente nas seguintes passagens bíblicas.
1- Jo 14,16
2- Jo 14, 26
3- Jo 15, 26
4- Jo 16, 7-11
5- Jo 16, 13-15