quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A importância do silêncio nas celebrações litúrgicas


Refletindo sobre o silêncio e a pedagogia da escuta

Na última aula da disciplina de Música II, o Rev. Pe. Tiago Alves convidou-nos a refletir sobre o valor do silêncio nas celebrações litúrgicas, nomeadamente na liturgia da palavra.
Tal como indica o n.º 56 da Introdução Geral ao Missal Romano, a liturgia da palavra deverá contemplar breves momentos de silêncio para que, com a ajuda do Espírito Santo, «a palavra de Deus possa ser interiorizada e se prepare a resposta pela oração».
São apontados três momentos oportunos à realização de silêncio:
- Início da liturgia da palavra;
- Após a primeira e a segunda leituras;
- Após a homilia.
Na celebração da Eucaristia deverão ainda ser marcados pelo silêncio o Ato Penitencial, após o convite às orações e a ação de graças da Comunhão.
 
O silêncio não é o vazio. Ele é muito mais do que a ausência de ruído externo. É uma atitude interior de acolhimento e de encontro, imprescindível a uma escuta autêntica, que deve ser valorizado e promovido.
D. José Cordeiro, na Carta Pastoral 2014/15 «Entrego-vos a Deus e à Palavra», fala-nos do silêncio ouvinte, estabelecendo uma relação simbiótica entre silêncio, escuta e conversão. Nela afirma: «A escuta é, com efeito, o lugar da conversão do coração no silêncio» (p. 10).
 
A Igreja apresenta-nos S. José como o homem do silêncio, aquele que soube ouvir Deus e guiar-se pela sua vontade, imbuído de um silêncio atento, disponível e operante.
 
 
Anunciação a  José segundo o Evangelho de Mateus - Catedral de Bragança
Foto: Diocese de Bragança-Miranda
 

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